5 de set. de 2012

Educação Ambiental - Tirinhas

   A educação ambiental antes de tudo é educação. Há várias formas de sensibilizar a sociedade às questões ambientais atuais.
   Utilizando-se das formas de comunicação em massa, como a televisão, rádio, internet, jornais e revistas, a educação ambiental pode ser disseminada mais rapidamente.
   Fernando Rebouças desenvolve tirinhas para conscientizar as pessoas a respeito do meio ambiente.



28 de ago. de 2012

Logística Reversa e seus avanços



    Martim Garcia/MMAÓleo lubrificante: descarte inclui o líquido e a embalagemÓleo lubrificante: descarte inclui o líquido e a embalagem
    Recolhimento e descarte pelo fabricante do resíduo pós-consumo já são praticados por 60 das 100 maiores empresas do país

    Alana Gandra (*)

    Sessenta das 100 maiores empresas do país já desenvolvem alguma atividade relacionada à operação de logística reversa (prevê o recolhimento e descarte pelo fabricante do resíduo pós-consumo), segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (22/08) no 18º Fórum Internacional de Logística, no Rio de Janeiro. De acordo com o levantamento, 40% ainda não têm programas com esse objetivo.

    A pesquisa foi feita pelo Instituto de Logística e Supply Chain (cadeia de fornecimento), que é o Instituto Ilos. A instituição se dedica à geração de conhecimento e soluções em logística e é liderado por Paulo Fleury, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

    "O fato de essas grandes empresas já terem alguma atividade mostra uma predisposição em cumprir o que determina a lei", analisou a consultora do Instituto Ilos e responsável pela pesquisa, Gisela Sousa. De cada dez entrevistados, seis apontaram a lei como principal motivação para implantar a logística reversa.

    ESTÁGIOS DIFERENTES

    A consultora ressalvou, porém, que embora a maioria das empresas já desenvolva alguma atividade referente ao recolhimento e descarte de material no pós-consumo, em atendimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), nem todas estão no mesmo estágio. "Estão com alguma atividade, mas não necessariamente é uma atividade muito representativa", disse.

    Cerca de 70% das consultadas querem gastar, "no máximo", R$ 400 mil por ano para fazer uma operação de logística reversa, revelou Gisela Sousa. Ressaltou que a maior parte das companhias está preocupada com a questão da imagem. Têm a consciência que, atualmente, deixar de fazer alguma coisa associada às áreas ambiental e social pode ter um impacto direto na sua imagem institucional.

    Segundo ela, muitas empresas veem a questão da sustentabilidade como uma forma de ganhar mercado, além da conscientização em relação à preservação do meio ambiente. "Se você vai olhar para o futuro, não tem como deixar de lado a questão da sustentabilidade, porque isso tem sido cada vez mais relevante para os novos consumidores", acrescentou. Dentro desse contexto, os maiores motivadores para realizar um trabalho de logística reversa de resíduos são a marca e o aumento das vendas.

    Entre os principais obstáculos apontados pelas empresas para investirem na logística reversa, está o da questão geográfica. Alegam que como o consumidor está espalhado pelo país, isso dificulta um pouco a operação e eleva custos, em razão da baixa escala de transporte. A necessidade de instalação de pontos para a coleta do resíduo foi apontada como barreira por 53% das companhias consultadas. Para 45%, falta mais apoio governamental para a coleta seletiva.

    (*) Da Agência Brasil

    11 de jul. de 2012

    Sem oceanos, o que faremos?


    Inter Press Service - Reportagens
    09/7/2012 - 09h29
    por Thalif Deen, da IPS


    Slide41 “Não há futuro sem oceanos”
    A vida marinha é tema central da Expo 2012. Foto: Living Oceans Foundation

    Nações Unidas, 9/7/2012 – Quando a Coreia do Sul, uma das potências emergentes da Ásia, decidiu organizar a mostra internacional Expo 2012, na cidade costeira de Yeosu, escolheu um tema que esteve no topo da agenda na recém-concluída Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20): os oceanos. Toda a mostra, que acontece até 21 de agosto, se concentra na proteção dos recursos marítimos do mundo e em problemas como sobrepesca, contaminação química e aquecimento dos oceanos. Por acidente ou deliberadamente, este foi um dos poucos temas onde houve certo avanço na Rio+20.
    Nathalie Rey, assessora política sobre oceanos da organização Greenpeace Internacional, disse à IPS que um dos poucos resultados dessa conferência foi um consenso para elaborar um plano de resgate dos mares abertos. “Diante dos sinais de alarme dados por cientistas sobre a necessidade de proteger os oceanos, a Rio+20 os apagou, ao aceitar uma iniciativa para trabalhar por um acordo no contexto da Organização das Nações Unidas (ONU) destinado a proteger a vida marinha em alto mar”, explicou.
    O maciço apoio da maioria de países – incluindo Brasil, África do Sul, Argentina, as ilhas do Pacífico e alguns membros da União Europeia – a esta iniciativa não foi suficiente para enfrentar a oposição de um punhado de nações, acrescentou Rey à IPS. Essa oposição esteve liderada pelos Estados Unidos, com apoio de Canadá, Rússia, Japão e Venezuela. Estes países conseguiram bloquear o acordo no Rio de Janeiro, afirmou. Em lugar de adotar um acordo na própria conferência, os governos adiaram a decisão para dentro de dois anos e meio, deixando-a nas mãos da Assembleia Geral da ONU.
    “Cada dia atrasamos um acordo para resgatar os oceanos, e os levamos a pontos críticos, prejudicando a saúde e o futuro de milhões de pessoas que dependem deles para comer e trabalhar”, afirmou Rey. Essas nações que colocaram obstáculo ao acordo no Rio de Janeiro deveriam deixar de defender interesses econômicos de curto prazo e unir-se ao resto do mundo nos esforços para proteger os mares abertos e dessa forma beneficiar as futuras gerações, destacou Rey.
    No pavilhão da ONU em Yeosu, cerca de 20 de suas agências e organizações internacionais expõem seu trabalho coletivo para ajudar a proteger os oceanos e os recursos marítimos do planeta. Sob o tema Oceanos e Costas: Conectando nossas Vidas, Assegurando nosso Futuro, as Nações Unidas destacam as várias contribuições feitas pela vida marinha aos seres humanos, incluindo a biodiversidade, a segurança alimentar e a energia renovável. “O que sabemos é que os oceanos são frágeis e que há muitos sinais de que os ecossistemas marinhos estão sofrendo uma mudança ambiental sem precedentes devido às atividades humanas e à mudança climática”, alerta a ONU.
    O percurso pelo pavilhão do fórum mundial termina com o Muro das Promessas, onde os visitantes podem deixar concretamente seu compromisso de proteger os oceanos e as costas da Terra. Enquanto isso, em uma declaração emitida ao fim da Rio+20, a Aliança para Alto Mar destacou que os oceanos receberam “um nível de atenção sem precedentes durante a conferência no Rio de Janeiro, convertendo-se em um dos temas de maior visibilidade e a última parte do texto a ser resolvida”.
    Em contraste com a Cúpula da Terra, realizada também no Rio de Janeiro em 1992, a atenção no mês passado foi significativamente maior e motivou um acalorado debate nas negociações. “Alguns dos resultados sobre oceanos foram positivos, enquanto outros ficaram curtos com relação ao que os cientistas marinhos e ativistas esperavam. Entretanto, foi um ano de avanços para a conservação de 70% de nosso planeta”, enfatizou a Aliança.
    Embora grande parte do texto seja uma reafirmação de compromissos já existentes, Susanna Fuller, coordenadora da Aliança pontuou que, “se a Rio+20 não conseguir mais nada, ao menos marcará o fim das promessas vazias e o começo de uma ação forte em matéria de oceanos”. A Aliança identificou seis ações cruciais em níveis nacional e internacional. Estas são: cumprir uma resolução da ONU contra a pesca de arrasto, acabar com a sobrepesca, suspender as capturas em algumas zonas até que sejam renovadas as existências, obrigar os órgãos regionais de pesca a prestarem contas perante a ONU, eliminar em nível nacional os subsídios à pesca industrial, fechar portos onde são feitas capturas ilegais e criar áreas protegidas.
    O professor Alex Rogers, do Programa Internacional sobre o Estado dos Oceanos, afirmou que “nunca teremos o futuro que queremos sem os oceanos que necessitamos. Temos que usar a Rio+20 para traçar uma ponte entre o discurso e a ação. Todas essas decisões são urgentes e importantes, e são medidas que mudam o jogo e devem ser implantadas de imediato pelos governos”. 
    Fonte: Envolverde/IPS

    2 de mai. de 2012

    Lixo Marinho



    c6 Lixo marinho pode ser até 2,5 vezes maior do que o imaginado
    Uma nova descoberta pode multiplicar a quantidade estimada de lixo plástico nos oceanos. Pesquisa realizada pelas universidades norte-americanas Delaware e Washington, publicada no periódico Geophysical Research Letters, revelou que pedaços minúsculos de plásticos podem atingir até cinco metros de profundidade. A maioria dos cálculos realizados anteriormente levava em conta apenas a superfície do mar.
    A pesquisa começou por acaso. O oceanógrafo Giora Proskurowski contou que percebeu algo estranho quando trabalhava embarcado no Oceano Pacífico. Pedaços de plástico similares a confetes estavam espalhados na superfície da água. Ele, então, colheu amostras de água a cinco metros de profundidade e descobriu que o vento estava empurrando o plástico para baixo da superfície da marinha.
    “Isso quer dizer que décadas de pesquisa verificando a quantidade de lixo plástico no oceano podem, em alguns casos, ter subestimado significativamente a quantidade do material nas águas marítimas”, observou o especialista.
    Estudo
    Os dados do estudo foram reunidos pelo oceanógrafo durante uma expedição ao Atlântico Norte em 2010. Os pesquisadores recolheram amostras na superfície da água e em três níveis de profundidade diferentes, até 30 metros. Quase todas as amostras tinham plástico.
    Assim, o estudo conclui que os dados coletados na superfície da água subestima a quantidade de plástico em até 2,5 vezes. Se o vento for muito forte, esse fator pode chegar até 27 vezes.
    A pesquisa sugere ainda um novo modelo para que ambientalistas e cientistas calculem com mais precisão a quantidade de lixo plástico nas águas marítimas.
    * Publicado originalmente no EcoD.

    7 de mar. de 2012

    Casamento "sustentável"

    A mais nova lei ambiental da Indonésia muçulmana afeta os noivos do país. A partir de março deste ano, para ter autorização para casar, o casal deverá plantar duas mudas de árvore de alguma espécie nativa. Após o plantio, a licença para o casamento é concedida e, então, os noivos estão autorizados a realizar a cerimônia.

     
    Intitulado de "ambientalmente amigável", a iniciativa foi anunciada pelo Escritório de Assuntos Religiosos na capital de Sumatra. Um oficial estimou que a cidade de Medan, na Indonésia, terá pelo menos 2.000 novas árvores a cada mês, como resultado do plano.

    Iwan Zulhami, um funcionário do Escritório de Assuntos Religiosos, contou à BBC que os casais vão receber duas mudas no momento do registro. "A política tem um propósito nobre, e é necessário para apoiar o programa do governo de plantio de árvores", acrescentou ele, explicando que as árvores serão plantadas na casa do casal.

    Segundo o portal Green Prophet, um dos motivos do plano está nos dados de desmatamento. A Indonésia é o país que mais desmata no sudeste da Ásia, com cerca de 120 milhões de hectares de floresta tropical. A exploração madeireira ilegal, os incêndios florestais, bem como as pressões de uma população crescente, têm tido um impacto negativo sobre suas florestas. De acordo com a ONU para a alimentação e a agricultura, a Indonésia perdeu cerca de 18,7 milhões de hectares de floresta a cada ano entre 2000 e 2005.

    Além de Medan, outros distritos da ilha de Sulawesi também adotaram a nova política. Na Indonésia, os casais que pretendem casar com muçulmanos devem se registrar no Escritório de Assuntos Religiosos. Os não-muçulmanos se registram em seus lugares de culto e no Escritório de Registro Civil.



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    9 de fev. de 2012

    PIB Verde...Será aprovado?

    Há algum tempo que especialistas afirmam que os indicadores utilizados para medir a situação de um país, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), não atendem mais à complexidade da realidade atual. Um dos indicadores mais criticados, o do Produto Interno Bruto (PIB), pode sofrer alterações de cálculo, caso seja aprovado o Projeto de Lei 2900/11, que tramita atualmente na Câmara de Deputados.
    A proposta, do deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), estabelece o PIB Verde. Segundo o texto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo do PIB, divulgará anualmente o PIB Verde, em cujo cálculo será considerado o patrimônio ecológico nacional, além dos critérios e dados econômicos e sociais tradicionalmente utilizados.
    Segundo o parlamentar, o cálculo do PIB deixa de lado uma das maiores riquezas do País, seu patrimônio ecológico, e que a sua proposta tem como objetivo suprir essa lacuna. Ele ressalta que a modificação vem ao encontro dos anseios mais recentes, tanto no âmbito nacional, quanto internacional.
    O momento, para Leite, é propício. Uma vez que um dos temas centrais da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, é justamente o da a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável.
    A matéria tramita em caráter conclusivo e será examinada pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
    Indicador
    O PIB verde é um indicador que leva em conta as consequências ambientais do crescimento econômico medido pelo PIB padrão, ou seja, os custos ambientais.
    A nova metodologia evita os “equívocos” considerados pelo PIB comum, como as grandes catástrofes e desastres ambientais. Pelo cálculo do indicador, que contabiliza somente o fluxo de mercadorias, eles acabam sendo positivos para o crescimento do PIB, pois a reconstrução das regiões afetadas gera empregos e movimenta a economia.
    O modelo é inspirado na China, que lançou o primeiro relatório utilizando o indicador em 2006. Pelo novo cálculo, os países devem atribuir o valor econômico a serviços ambientais prestados pelos ecossistemas. Assim, esses valores possam ser incorporados à contabilidade do setor produtivo. A nova metadologia possibilita que o PIB passe a ser um indicador conjunto dos processos econômicos, da sustentabilidade ambiental e do bem-estar da sociedade.
    As críticas ao PIB, entretanto, não são de agora. Estas existem desde que o índice passou a ser utilizado em larga em escala no Pós-Guerra. Na década de 70, o economista Simon Kuznets, um dos seus formuladores, chegou a admitir as limitações da métrica.


    5 de jan. de 2012

    2012, Ano Internacional de Energia Sustentável para Todos.

    por Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
    e2 2012 será o Ano Internacional de Energia Sustentável para Todos
    Foto: Pnuma
    Iniciativa visa a aumentar conscientização sobre eficiência energética e acesso sustentável aos recursos da área; em junho próximo, líderes internacionais se reunirão no Rio de Janeiro para Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável.
    A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou 2012, o Ano Internacional de Energia Sustentável para Todos.
    O objetivo da iniciativa é chamar a atenção para a importância de se aumentar o acesso à energia renovável em todas as partes do mundo.
    Fontes Modernas
    Segundo as Nações Unidas, cerca de 1,4 bilhão de pessoas ainda não têm acesso a fontes modernas de energia.
    E três bilhões dependem de recursos da “biomassa tradicional”, como o carvão, para atividades diárias como aquecimento e cozimento de alimentos.
    Os serviços de energia têm um efeito profundo na produtividade, na saúde e na educação, além da segurança alimentar e serviços de comunicação.
    De acordo com especialistas, a falta de acesso à energia limpa e barata impede o desenvolvimento socioeconômico e humano de comunidades inteiras.
    O acesso à energia sustentável é também uma das ferramentas para que o mundo alcance os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
    * Publicado originalmente no site da Rádio ONU.